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A LOUCURA E O COGITO DE DESCARTES: um dialógo entre Derrida e Foucault

Apresento abaixo o artigo comunicado na X Semana Acadêmica de Filosofia da UNIOESTE – Toledo/PR, em 2007.

Este artigo apresenta o diálogo, um tanto conflitante, entre Foucault e Derrida sobre a relação entre a loucura e o Cogito de Descartes. O primeiro passo é dado por Derrida, o qual crítica Foucault por não ter percebido que Decartes não excluiu a loucura, mas que o cogito é valido mesmo se o pensamento é louco. Foucault responde, reafirmando a exclusão da loucura por parte de Descartes, pois o sujeito que se põe a meditar durante o processo do cogito não pode ser louco, porque a loucura é justamente a não possibilidade de fazer este percurso de meditação. Portanto, esse artigo defende a tese de que a loucura desqualifica o sujeito e o impede de realizar o processo do cogito.

Veja o arquivo: ALOUCURAEOCOGITO

Fonte: http://leiturasdahistoria.uol.com.br/ESLH/Edicoes/4/artigo70338-1.asp

Na obra “História da Loucura na Idade Clássica” (1961) Foucault faz um estudo da relação entre loucura e razão, no qual aponta que enquanto na Idade Média a loucura era excluída das relações sociais, e a racionalidade a classificando como erro; na Idade Moderna, com o surgimento da psiquiatria, ela é patologizada, ou seja, tida como doença mental. Onde levado ao internamento, os loucos são alvejados por mecanismos de punição. Essa exclusão da loucura pela razão, revelada historicamente pela análise de Foucualt, aparece na obra de Descartes enquanto possibilidade do cogito acontecer.

 

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